quarta-feira, 12 de março de 2014

NY volta a encerrar em alta, com vencimento julho em US$ 2,07

NY volta a encerrar em alta, com vencimento julho em US$ 2,07 O mercado do café arábica fechou novamente em alta na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US) nesta terça-feira (11). Todos os vencimentos continuam acima dos US$ 2,00 e altas superiores a 200 pontos. Os contratos para entrega em maio fecharam em 205,65 centavos de dólar por libra-peso e para entrega em julho alcançaram 207,50 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento dezembro fechou a 210,90 cents por libra-peso e alta de 245 pontos. Segundo Fernando Barbosa, presidente do Conselho Regional de Café da região de Guaxupé-MG, os atuais preços do arábica devem se manter em alta diante da previsão de perdas na safra brasileira. Ele defende a teoria de que a libra-peso poderá alcançar os US$ 3,00 este ano. “Por efeito da seca no Brasil, os preços vão subir ainda mais. Podemos chegar aos US$ 3”. Barbosa relembra que no final deste mês a Conab irá entregar sua estimativa para a safra brasileira 2014-15. Se a previsão estiver de acordo com a grande perda esperada pelo mercado, os preços deverão atingir novos patamares. “Ainda não temos dados para afirmar de quanto será esta quebra, mas acredito que a safra brasileira não irá ultrapassar as 46 milhões de sacas... Se isto acontecer, veremos preços maiores”. A libra-peso do café arábica já chegou a ser cotada a US$ 3,10 em 2009, segundo Barbosa. Na ocasião, o mercado especulava um grande aumento no consumo de café no mercado exterior. No mercado físico, o café bebida dura, tipo 6 é vendido acima dos R$ 450 a saca de 60 kg. Em Araguarí-MG, a saca chegou hoje aos R$ 500, com alta de 1,20%. Em Guaxupé-MG a saca já é comercializada a R$ 488,00. Fonte: Notícias Agrícolas

domingo, 23 de fevereiro de 2014

RENEGOCIAÇÃO DAS DÍVIDAS: Lideranças da cafeicultura homenageadas em Guaxupé

No dia 14/02, Guaxupé foi a sede de um importante evento para a cafeicultura do Sul de Minas. O encontro foi organizado pela Emater de São Pedro da União, através do engenheiro agrônomo Luiz Henrique Brigagão, contando com o empenho de Nelson Carlos da Silva (Coordenador de Desenvolvimento Rural Sustentável), Fernando Barbosa da Silva (Presidente do Conselho Regional do Café dos Municípios ligados a AMOG, Emídio Alves Madeira Júnior, “Emidinho Madeira”, cafeicultor Presidente do Conselho do Café do Sul e Sudoeste de Minas que abrange 42 cidades onde a cafeicultura é um dos principais produtos que impulsiona a economia. Teve ainda o apoio da AMOG – Associação dos Municípios da Micro Região da Baixa Mogiana, através do presidente Alvinho, Cooxupé, Rádio “A Voz do Campo”, Rede Social do Café e Peabirus (Sergio Parreiras Pereira e Antônio Marcos Souza), além da cobertura de diversos meios de comunicação. Mais de 80 participantes que compareceram na sede da AMOG, comprovando que através da união, busca de parcerias, apoio governamental e com muita força de vontade, é possível produzir e vender café e fazer disso um negócio rentável. Durante o encontro, foram prestadas homenagens aos que lutaram pela renegociação das dívidas e, com isso, ajudaram a amenizar um pouco as dificuldades do momento crítico que vivia a cafeicultura. Homenagem foi prestada ao Presidente do Conselho do Café do Sul e Sudoeste de Minas, Emidio Alves Madeira Junior (“Emidinho Madeira”), que através da iniciativa e liderança buscou representar toda a equipe negociando junto ao governo federal. O deputado federal Odair Cunha (PT) também foi homenageado, num ato de reconhecimento pelo seu apoio fundamental que facilitou o acesso ao Ministro da Agricultura, Antônio Andrade, entre outros responsáveis no Ministério do Desenvolvimento Agrário (Pepe Vargas), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Fernando Pimentel) e no Ministério da Fazenda (Guido Mantega). O deputado foi um elo de ligação entre as lideranças da cafeicultura e o governo federal, contribuindo assim para que fosse possível um acordo para prorrogação das dívidas dos cafeicultores parcelando-as por 5 anos e a compra de 3 milhões de sacas de café pela CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento, através do PEPRO – Prêmio Equalizador Pago ao Produtor, visando regular o mercado e o estoque do país. Também foram homenageados o Conselho Regional do Café dos Municípios ligados a AMOG, representado pelo seu Presidente e cafeicultor Fernando Barbosa da Silva, além de Carlos Paulino Alberto da Costa, presidente da Cooxupé pelo apoio prestado. Logo após as homenagens, o engenheiro agrônomo MSc. Paulo Henrique Leme ministrou brilhante palestra mostrando como é trabalhado o Marketing do Café e como essa ferramenta pode trazer sucesso aos empreendedores que souberem trabalhar com ela. Países como a Colômbia levaram mais de 50 anos e muitos milhões em investimentos (cerca de 20 milhões de dólares ao ano e atualmente investe 10 milhões de dólares ao ano) para manter a marca conquistada mundialmente pela qualidade. Ficou claro que resta ao Brasil não apenas ser o maior produtor de café do mundo, mas partir para novos rumos buscar métodos para vender o café. Para isso, a qualidade é importante. Destacou a região está muito atrás neste aspecto, inclusive de regiões como o Cerrado Mineiro e Mantiqueira de Minas, que além da qualidade tem trabalhado e valorizado o Marketing e a Identidade geográfica. Dando continuidade na busca do Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura, as lideranças da região estão empenhadas na criação da Identidade Geográfica “Café das Montanhas Cafeeiras do Sul de Minas”, com base na Certificação das Propriedades, aproveitando que no Estado a Emater já trabalha o programa Certifica Minas Café, que além dos baixos custos de manutenção, fornece aos cafeicultores certificados e assistência técnica para todo o processo produtivo e também na comercialização da produção. Outro ponto chave a ser implantado é a produção padronizada de cafés finos por meio da aplicação das técnicas e processos adequados à obtenção de melhor qualidade e produtividade, gerenciamento adequado, mão de obra qualificada, preservação de meio ambiente, incentivo ao turismo rural associado ao Marketing do café e fidelização dos consumidores. MOBILIZAÇÃO REGIONAL - Nelson Carlos da Silva, Coordenador de Desenvolvimento Rural Sustentável no município de São Pedro da União, relatou à nossa reportagem que no ano passado, diante da crise enfrentada na cafeicultura, foram formados vários grupos de cafeicultores para numa ação conjunta buscar medidas alternativas junto ao governo federal visando amenizar os problemas enfrentados. Com isso, foi formado um conselho envolvendo os municípios ligados à AMOG, sob a coordenação do produtor rural e suplente de deputado estadual Emidinho Madeira (Nova Resende). O trabalho conjunto ainda envolveu a chamada Câmara do Café da Mata de Minas, coordenada por Admar Soares. Por fim, esta frente de trabalho esteve unida a sindicatos dos produtores e trabalhadores rurais, além de forças políticas. O grupo chegou até Brasília/DF, sendo que o deputado federal Odair Cunha (PT) foi um importante elo de ligação entre as lideranças da cafeicultura e o governo federal. A partir daí, as portas dos gabinetes foram abertas e ações foram tomadas. Foram realizadas onze viagens até Brasília/DF, onde as lideranças participaram de reuniões na Confederação Nacional da Agricultura (através da Senadora Kátia Abreu), no Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Agricultura e Ministério da Fazenda. Com isso, foi possível viabilizar medidas como a prorrogação da dívida dos cafeicultores e retirada de 3 milhões de sacas de café para regular o mercado nacional. As medidas estão possibilitando melhores patamares para o preço do café. Por fim, a própria estiagem prolongada, tem sido uma mola propulsora para os preços do café. Aproveitando a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, lideranças do café também buscando ações junto às inicitivas público e privada para elevar o nome do produto no mercado internacional. Até porque o café foi muito importante para o desenvolvimento e industrialização do país ao longo dos anos, sendo até mesmo sendo “moeda de troca”. DEFESA DO PRODUTOR - É preciso união dos produtores rurais para que o cultivo de café continue sendo uma atividade rentável, ainda mais diante da crise enfrentada nos últimos anos. Emidinho Madeira, produtor rural e suplente de deputado do PT do B, é um dos defensores do homem do campo e durante entrevista à Folha falou sobre os problemas enfrentados pelo cafeicultor. Emidinho comentou sobre o evento realizado na AMOG, quando foi homenageado pelo empenho na criação de um conselho em defesa do produtor rural. Relatou que esteve por onze vezes em Brasilia/DF no último ano para tentar medidas que melhorassem as condições do produtor. Um problema que observa é que o produtor rural é desinformado, valoriza o dia de trabalho, mas não participa de palestras e reuniões para melhor se informar. A liderança considera interessante provar o café na propriedade, por exemplo, antes de levá-lo à venda, porque aí o produtor sabe a qualidade de seu produto antes de comercializá-lo. Uma de suas reivindicações diz respeito às máquinas que mostram a qualidade do grão, discussão que já esteve presente na Câmara de Vereadores de Muzambinho, pedindo que a cidade conceda o equipamento para seus produtores. O conselho de cafeicultores, presidido por Emidinho, foi criado para reivindicar melhorias para o cafeicultor. Para a liderança, não é possível esperar da cooperativa e dos intermediários da venda de café, que eles corram atrás de melhorias para o produtor. Eles primeiro vão ver o lado da empresa. Quem pode ver o lado do homem do campo são estas comissões e o sindicato. Outro assunto comentado durante a entrevista foi a falta de chuva no inicio do ano. Como não houve adubação na hora certa, Emidinho prevê uma queda na produção. “Não tem enchimento de grão, vai diminuir a colheita deste ano e do ano que vem. No mínimo uma queda de 30%”, acredita. HOMENAGEADOS: Carlos Paulino (Cooxupé), deputado federal Odair Cunha, Emidinho Madeira e Fernando Barbosa da Silva http://www.afolharegional.com/index.php?option=com_content&view=article&id=8432:2014-02-21-20-05-54&catid=52:padrao&Itemid=83